Lagartixa diz:

"Agora não existe mais essa história de que Calouro é Burro. Calouro é Lagartixa".

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Política Externa

 por Marcelo Ferraz

A importância da participação dos acadêmicos na política

De certa forma, estar em uma universidade é representar  os anseios de uma família que se sacrifica para investir nos estudos  do acadêmico.  Não obstante, isso nos reporta a pensar qual é o papel do acadêmico na sociedade. A academia nada mais é do que um lugar de discussão e de debates, e acima de tudo muita aprendizagem. Justo é então, que esses mesmos acadêmicos que recebem conhecimento possam ser um vetor que deve levar para fora da universidade, conhecimento e aplicação desse saber, revertendo assim distorções sociais, situações políticas e econômicas locais e até mesmos nacionais. Seja na cultura, no planejamento da cidade e nos debates das leis. Enfim, a participação do estudante na vida política do País, indubitavelmente, é fomentar o amadurecimento da democracia.

Muitos estão desacreditados com a política e não acreditam mais na funcionalidade prática do estado. Essa banalização e a falta do controle social é uma das causas que emperram a evolução da democracia republicana, onde os cidadãos têm um papel preponderante de fiscalizar e reivindicar seus direitos. Neste sentido, sem discutir ideologias partidárias quebrando esse ambiente de politicagem que se vê hoje na maioria das mídias, o intuito deste artigo é chamar os acadêmicos e jovens que pensam para analisar os fatos na prática e as instituições que estão constituídas. Ou seja, o que está sendo feito, e o que não foi feito por aqueles que controlam o estado.

Essa consciência política e cidadã advêm do interesse e da participação do acadêmico nas questões de ordem pública.
Para sair do plano teórico, e refletir sobre o que foi feito neste estado nesses dois mandatos consecutivos, seria de suma importância perceber porque o contribuinte de Mato Grosso ao pagar uma das mais altas cargas tributária não usufrui de segurança pública? Será que realmente houve investimento no social e políticas públicas que realmente prestasse uma educação de qualidade? A Constituição Cidadã de 1988 preza por políticas que  possam acabar com as desigualdades regionais, então se pergunta: houve geração de emprego e distribuição de renda?  Ou o que se viu ao longo desses anos foi uma grande concentração de renda nas mãos de um grupo, que usa e abusa dos incentivos fiscais para manter o rol de maiores produtores de grãos do mundo?

Quando um grupo se arma de grandes somas de capitais para privatizar o estado, aqui no sentido de usar os instrumentos estatais para dar sustentação direta a uma minoria de mega empresários da monocultura, tem-se um desequilíbrio visível na receita fiscal. E aí está a causa dos impostos abusivos que hoje o mato-grossense é obrigado a arcar.  E enquanto isso, setores como saúde, segurança são esquecidos ao deus dará sem um olhar mais estadista para estas áreas que devem ser prioritárias, ou seja, as pedras angulares do Estado Democrático de Direito.                                           

Hoje os estados modernos constituídos tende a almejar justiça social para se equilibrar o pacto social, ou seja, passar um sentimento de estabilidade econômica e política para a sociedade, onde o pequeno e o médio agricultor, o comerciante e os servidores públicos, enfim, os cidadãos em geral possam conviver com dignidade.  No entanto, isso não está ocorrendo aqui no Mato Grosso, há uma concreta malversação dos recursos públicos que estão sendo aplicados de forma desigual e sem o devido respeito aos ditames constitucionais. E a prova concreta e irrefutável disso, é a violência absurda que hoje se encontra nas ruas e nos bairros da capital e demais cidades interioranas.  

Portanto, parece ser uma utopia falar da participação dos acadêmicos na política mato-grossense. No entanto, na UFMT existem sim estudantes preocupados com o futuro do estado e  do País. Alguns deles sabem que a criança que não tem educação, saúde e uma formação adequada pode ser o futuro e temido bandido que entra nos lares e provoca perdas irreparáveis para as famílias. Esse círculo vicioso da exclusão social é uma das causas, que não somente os acadêmicos devem combater, mas todos os cidadãos.

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